sexta-feira, 29 de março de 2013

21/10/2011 – Mudança de ares


  Logo que chegamos no aeroporto e começamos a procurar o guichê da TAP tivemos um prenúncio de que a viagem ficaria mais emocionante. No guichê, começou a dar um friozinho quando a atendente pediu a tia Sô que mostrasse o cartão de crédito que ela havia usado para comprar a passagem. Acontece que ela tinha pedido um cartão novo ao banco porque o dela já estava um pouco velho. Até explicar tudo, enquanto despachavam as malas a atendente liga daqui e dali e finalmente fomos liberadas. Começamos então a procurar o portão de embarque. 

  O aeroporto era grande e estava cheio. Andamos, andamos e conseguimos achar. Uma fila enorme, muita confusão, os atendentes de vez em quando chamavam passageiros de certos vôos para passar à frente. A Ká começou a ficar impaciente, foi atrás de um funcionário da TAP e mostrou o bilhete. Ele imediatamente a chamou para entrar pelo portão e nós corremos para segui-la. Depois de toda a maratona, já desesperadas com o horário, achamos o embarque definitivo e nos juntamos aos passageiros do nosso vôo. Saímos às 10 da manhã. Após quase três horas, chegamos em Londres. Antes de pousarmos tivemos que aguardar alguns minutos sobrevoando o aeroporto de Heathrow, pois tinham muitos aviões para descer também. O céu estava limpo e assim era possível observar o balé dos aviões no céu. Fiquei impressionada com o tráfego aéreo. Nunca tinha visto tantas aeronaves sobrevoando uma cidade.

  Eu estava um pouco apreensiva com a chegada em Londres, por causa da imigração, do idioma e por ter ouvido falar que o aeroporto era gigante e depois para achar o metrô. Descemos do avião, fomos andando por um corredor, passamos por uns policiais com um cão farejador, o totó nos cheirou, continuamos de boa até chegar a fila da imigração. O homem que nos atendeu parecia indiano, pediu para mostrar as passagens de volta, perguntou qual o objetivo da viagem e o que tia Sô, tia Rê e Ká eram minhas. Respondi às perguntas e ele nos liberou. Depois de pegarmos nossas bagagens na esteira, seguimos por um corredor que dava acesso a uma sala onde tinha umas pessoas abrindo as malas e por um momento eu achei que teríamos que fazer isso também. Esperamos um pouco até que um policial veio nos perguntar o que estávamos esperando e disse que podíamos seguir adiante. 

  Passamos o último portão de desembarque e finalmente entramos na terra da rainha. Andamos até encontrar o ponto de venda do Oyster Card, o cartão dos transportes públicos. Dali fomos para o metrô que tem uma estação no próprio aeroporto. Olhamos o mapinha e logo nos familiarizamos. Por sorte não precisava trocar de linha. O mais enrolado foi passar com as malas sobre o vão entre a plataforma e o trem. Como esperei todo mundo embarcar, fiquei por último e de repente começou a tocar o sinal de fechar as portas. O fiscal do metrô se aproximou de mim e eu praticamente tive que me jogar para dentro com minha mala enorme e pesada. Depois de passar por esse sufoco combinamos uma coisa para o resto da viagem: se alguém não conseguisse entrar em um trem todas desceriam na próxima estação para nos encontrarmos.

Não está com pressa? Mantenha-se à direita

  Chegamos na estação Russel Square que ficava próxima ao hotel. Assim que saímos sentimos que o calor de Portugal tinha ficado para trás. Fazia um friozinho bom lá. Demos meia volta no quarteirão e já estávamos no Celtic Hotel. Na recepção fomos atendidas por um funcionário português, o que facilitou nosso check-in, mas tivemos um pequeno desconforto: ele nos informou que o quarto que havíamos reservado (com três meses de antecedência) não estava disponível e uma de nós teria que dormir sozinha em outro quarto sem banheiro. Depois uma senhora, que devia ser a gerente ou a dona, chegou e confirmou a informação. Eu fiquei bem irritada, pois não nos deram satisfação nem um pedido de desculpas. Outro detalhe é que o hotel não tem elevador e o nosso quarto ficava no 2º andar, mas, pelo menos o atendente da recepção carregou nossas quatro malas. 


O Hotel

Vista do quarto

Vista do quarto: congestionamento de bicicleta

  Saímos pelas redondezas do hotel em busca de um lugar para comer. Já era final da tarde, então paramos numa lanchonete (Valencia Cafe) e comemos massa. Depois passamos num mercado para comprar água, frutas e biscoitos. Era interessante perceber que estávamos num lugar diferente do que estamos acostumadas. Portugal possui certa semelhança com o Brasil principalmente as construções históricas do Rio, mas em Londres víamos diferenças em cada canto. A arquitetura, as árvores, as pessoas, o clima, a comida. À noite demos umas voltas nessa galeria aqui. Depois voltamos para descansar no hotel.

Despesas


Passagem aérea Lisboa x Londres (TAP): R$ 151,90 

Diária Hotel (Quarto quádruplo): £140 (libras)
Oyster Card - 7 dias: £34 (libras)
Almoço: £6,50 (libras)


Nenhum comentário:

Postar um comentário