sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

25/10 – O túnel que atravessa o canal da mancha

No aniversário da tia Rê, em maio, uma amiga dela me falou sobre a viagem de trem entre Londres e Paris. Ela havia feito o trajeto há uns anos atrás e eu fiquei fascinada em saber que existia um trem de alta velocidade que percorria um túnel feito embaixo do mar, sob o canal da mancha. Como queríamos fazer uma viagem de trem na europa, decidimos incluir Londres no nosso roteiro. Essas mega obras de engenharia me atraem muito, eu fico imaginando como foi a construção, como tudo funciona e a ideia de passar por esse túnel me deixou bastante empolgada.
Nosso trem estava marcado para sair às 12:28 hs. Apesar de não precisarmos acordar tão cedo, não tínhamos a manhã toda, então levantamos, tomamos o café-da-manhã com calma e em seguida fizemos o ckeck-out no hotel. Apesar do tamanho das nossas bagagens decidimos ir de metrô até a estação St Pancras, pois dali mesmo partiria nosso trem para Paris.

Eu não me lembro muito bem porquê, mas apesar de voltarmos pela mesma estação pela qual chegamos, foi muito mais difícil carregar as malas (talvez por causa das compras na Primark) e pra piorar a situação tinha umas escadarias para chegar até o ponto em que pegaríamos o metrô. Nessa hora, vendo o nosso sufoco, um homem se aproximou de nós. Ele era brasileiro, morava em Londres e percebeu suas compatriotas em apuros e resolveu ajudar. Conseguimos chegar sem maiores percalços em St. Pancras. Devolvemos nosso Oyster Card e recebemos cinco libras de reembolso pela entrega do cartão. Fomos para o setor de embarque internacional aguardar o horário do nosso trem.

Partimos pontualmente e ao embarcar não tivemos grandes surpresas. É um trem normal, com alguns adicionais que acho normal para um trem de viagem como compartimento de bagagens, banheiro e lanchonete.

Passados alguns minutos já estávamos dentro do túnel e como o trem é rápido e silencioso eu logo caí no sono. Quando acordei o túnel já tinha acabado, do lado de fora caía uma chuva fina e pela janela eu vi uma cidadezinha. Estávamos na França.
Alguns quilômetros depois chegamos na estação Gare du Nord. Foi interessante perceber logo de cara a diferença em relação à modernidade da estação em Londres. Pelo menos no interior do prédio. Essa estação tem uma construção histórica, com decoração antiga e inclusive o filme “A invenção de Hugo Cabret” foi inspirado nela. Saímos da estação, que fica no centro de Paris, e logo em frente tinha um ponto de táxi. Conseguimos um carro grande onde coube todas as nossas malas. Ficamos um pouco assustadas com o trânsito, um pouco tumultuado. Nosso apartamento estava relativamente perto, no bairro do Marais (descobrimos mais tarde que se pronuncia "marré"). Esperamos um pouco e no horário marcado a proprietária chegou para nos entregar a chave.
Tomamos banho, ligamos a TV para descansar um pouco e inevitavelmente estranhamos o sotaque francês. Depois fizemos uma comprinha no supermercado para abastecer o apartamento. Á noite saímos pelas redondezas e encontramos um restaurante italiano, pra variar. Com o cansaço da viagem decidimos não arriscar um cardápio francês já que ninguém dominava o idioma. 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

24/10/2011 – Último dia em Londres


Eu estava curiosa para conhecer o Museu de Cera Madame Tussauds. Nós já haviámos comprado as entradas junto com o ticket da London Eye. Eu achei legal que o clima de fantasia já começa na estação do metrô Baker Street que tem a decoração inspirada no personagem da literatura, o detetive Sherlock Holmes.


Ká e Sherlock Holmes

Algumas estátuas do Madame Tussauds parecem bastante com as pessoas, mas outras nem tanto. Mas, nós nos divertimos mesmo numa atração do museu, Scream, que é uma brincadeira onde a gente passa em uns corredores escuros com 'monstros' vivos a nos perseguir. No final também tem uma atração chamada The Spirit of London que é um passeio num trenzinho que conta a história de Londres através de bonecos e efeitos especiais. Foi muito legal! Mas, não tiramos fotos lá.






Passamos pela Catedral de St. Paul onde estavam acontecendo protestos e dali seguimos para o Tate Modern.


 
Nossa intenção era almoçar no restaurante que fica no 6º andar e apreciar a vista da cidade. Essa era a vista das janelas do restaurante:

The Gerkin

St. Paul's Cathedral

Tâmisa

Depois fomos até a London Bridge e confirmamos que uma das coisas mais interessantes a se fazer em uma viagem é andar pelas ruas da cidade, conhecendo cada canto, cada detalhe, observando as pessoas, as construções do lugar.


London Bridge

London Tower


No final da tarde fomos para uma loja de departamentos enorme, a Primark, que diziam ser a meca dos consumistas. É tanta roupa, sapato e uma infinidade de acessórios que a gente chega a ficar tonta. E a loja sempre está cheia. Imagina tudo isso depois de um dia de passeios a pé. Nem precisa dizer que quando chegamos no hotel estávamos esgotadas!
Antes de ir embora, com o cansaço nos consumindo, não tivemos muito critério para escolher onde iríamos comer. Paramos numa lanchonete e pedimos um daqueles baldes cheios de frango frito, que por sinal era um pouco apimentado, acompanhado de batatas fritas e foi a primeira vez que comemos “junk food” na viagem.



Despesas

Almoço: £22,00 (libras)

Ingresso combinado - 
Entrada London Eye + Entrada Madame Tussauds: £40,80 (libras)

Lanche à noite: £5,38 (libras)

terça-feira, 30 de abril de 2013

23/10/2011 – Um dia no museu


Para resolver o problema da muquiranice do hotel na hora de servir o café da manhã, bolamos um plano mirabolante: primeiro minhas tias desceram e fizeram o pedido. E então a moça trouxe uma porção de cada item para elas. Depois foi a vez de eu e Ká descermos. A mocinha anotou nosso pedido e para nossa satisfação trouxe outra porção para nós e assim fomos felizes até o final da nossa hospedagem.
Pegamos o metrô e fomos até o Museu da Ciência. O museu tem muita coisa interessante. É bem legal ver como as coisas evoluíram em um curto espaço de tempo. Vale a pena a visita.


Olha só como os astronautas vão ao banheiro


Evolução da agricultura

Olha ele aí: o 14 bis!

O Museu da Ciência é enorme, tem várias seções e a gente até se perde lá dentro. Depois de observar quase tudo fomos ao Museu de História Natural que fica ao lado. Só que a esta altura eu já estava cansada e só lembro de ter visto alguns dinossauros e para entrar em algumas salas eu vi longas filas que não tive coragem de enfrentar. 

Olha o tamanho do fóssil de um Pliossauro


Eu e Ká sentamos num banco e aguardamos as tias que ainda tiveram pique para dar umas voltas. Já era hora do almoço e eu sabia que havia um restaurante dentro do museu. Mais uma dica que li na internet. 

Restaurante do Museu de História Natural

Com a tarde livre, aproveitamos para andar um pouco e apreciar o estilo londrino e finalmente demos uma volta no Double Decker. Descemos próximo a Piccadilly Circus e entramos em várias lojas na Oxford Street para comprar lembrancinhas. 

Royal Albert Hall

Tia Rê no Double Decker

Piccadilly Circus

Artista de rua encenando um típico londrino


Deixamos as compras no hotel e voltamos para o metrô para irmos a algum lugar para jantar. Fomos para o Covent Garden que ficava bem pertinho, a apenas duas estações da Russel Square. O Mercado do Covent Garden é um centro comercial com restaurantes, lojas e espaço para eventos culturais. Como já era noite alguns estabelecimentos estavam fechados, mas ainda vimos uma apresentação de música e encontramos aberta uma pizzaria de uma família italiana. O mercado é um lugar bem aconchegante, pena que não deu para aproveitarmos mais.


Despesas

Almoço: £13,50 (libras)
Museus: Entrada Gratuita

domingo, 21 de abril de 2013

22/10/2011 – Na terra da rainha


Na sala onde estava sendo servido o café da manhã tinha uma mesa com os alimentos e como de costume fomos nos servir. De repente uma funcionária nos abordou e disse que a refeição era servida por ela. Então, sentamos à mesa e aguardamos. A funcionária trouxe um cardápio onde pudemos escolher leite, café, chocolate, pães e ovos. Na verdade não havia muitas opções, mas até aí tudo bem porque pra mim se tiver leite e pão tudo bem. Mas, quando tudo foi servido vimos que a quantidade de leite era insuficiente e solicitamos um pouco mais, mas eis que a garçonete nos informou que não poderia servir mais uma porção para a nossa mesa. Definitivamente estranhamos a pouca receptividade e esse sistema mão-de-vaca de hotelaria. Depois do café, pegamos nossos casacos e fomos para o metrô. Descemos na estação Westminster e assim que saímos fomos surpreendidas pelo Big Ben, enorme bem diante dos nossos olhos. 



Na continuação paramos na ponte de Westminster e desse ponto para onde olhássemos víamos Londres: Big Ben, as Casas do Parlamento, o Rio Tâmisa, London Eye, Black Cabs (os clássicos taxis pretos), Double Decker (os ônibus vermelhos de dois andares).






Em seguida passamos pela Abadia de Westminster, mas não chegamos a entrar.

A Abadia de Westminster e ao fundo a fila que nos fez desistir de entrar


As famosas cabines telefônicas

Seguimos a pé para o Palácio de Buckingan na intenção de encontrar um bom lugar para assistir a troca de guarda. Paramos em volta do monumento da Rainha Vitória e apesar de já ter bastante gente lá conseguimos ver bem. É importante citar que a troca de guarda acontece diariamente no período de abril a julho e em dias alternados no restante do ano. Você pode verificar no site oficial da monarquia britânica os dias em que ocorrerão o evento. Mais informações aqui.







Saímos um pouco antes de terminar para não enfrentarmos tumulto depois. Dali seguimos para um restaurante indicado, o Cafe in the Crypt, que fica no subsolo da igreja Catedral St. Martin, próximo a Trafalgar Square. Mais uma dica valiosa. Preço bom, comida fresca e saborosa. 


Depois caminhamos até o parque St. James e ao chegarmos lá, além dos esquilos e dos jardins, das sombras e das árvores, vimos cadeiras espalhadas em várias partes. Maravilha! Era o que a gente precisava para descansar do almoço.



Minutos depois veio um funcionário (acho que da prefeitura) cobrar uma taxa pela utilização das cadeiras. Suspeitava desde o princípio! Afinal, nada é de graça. Mas, eu não pude deixar de observar a limpeza e a conservação do parque e principalmente a sensação de segurança. Caminhamos tranquilas por lá, vimos muitas pessoas deitadas na grama com máquinas fotográficas, notebooks.






Depois de descansar um pouco fomos andando até a bilheteria da London Eye. Compramos os ingressos e fomos para a fila. Depois de um tempo de espera chegou a nossa vez. Tivemos muita sorte, pois o dia estava claro e foi possível apreciar a vista do rio Tâmisa e do Parlamento dourados sob o pôr-do-sol. Aliás, quero só comentar que tivemos muita sorte mesmo, pois eu tinha ouvido falar que Londres quase sempre está com o céu nublado e nós não pegamos um dia sequer de chuva.

Fila para a London Eye









Infelizmente a espera toda é por apenas uma volta na roda-gigante. Quando saímos de lá já estava começando a escurecer e pela primeira vez sentimos frio de verdade. Mas o visual da noite compensou.






Despesas

Almoço: £11,35 (libras)
Ingresso combinado - 
Entrada London Eye + Entrada Madame Tussauds: £40,80 (libras)